Cafeína super heroína ou vilã?
Todos os dias, bilhões de pessoas apelam para o bom cafezinho para acordar ou para receber uma energia extra depois do almoço.
De fato, este estimulante natural é um dos ingredientes mais usados no mundo. A cafeína é frequentemente enquadrada como vilã por seus efeitos negativos no sono e na ansiedade. Mas estudos mostram que ela seria uma aliada à saúde. Nesse artigo será mostrado as pesquisas mais recentes sobre cafeína e seus benefícios do café para a saúde.
O que é cafeína?
A cafeína é um estimulante natural comumente encontrado no café e cacau. Funciona estimulando o cérebro e o sistema nervoso central, ajudando você a ficar alerta e prevenir o aparecimento do cansaço.
Os historiadores acompanham o primeiro chá fabricado em 2737 aC., porém o café foi descoberto muitos anos depois por um pastor etíope que notou a energia extra que ele dava às cabras.
Como funciona
Uma vez consumida, é rapidamente absorvida no intestino para a corrente sanguínea, viajando para o fígado onde é decomposta em moléculas que podem afetar a função de vários órgãos.
Sabe-se, que o principal efeito da cafeína é cerebral. Ela funciona bloqueando os neurotransmissores adenosina, que relaxa o cérebro e faz você se sentir cansado. Usualmente, os níveis de adenosina aumentam ao longo do dia, deixando você cada vez mais cansado.
A cafeína ajuda você a ficar acordado e disposto conectando-se aos receptores de adenosina no cérebro sem ativá-los. Isso bloqueia os efeitos da adenosina, levando à redução do cansaço.
Também pode aumentar os níveis de adrenalina no sangue aumentando a atividade cerebral dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina. Essa combinação estimula ainda mais o cérebro e promove um estado de excitação, atenção e foco. Por afetar o cérebro, a cafeína é frequentemente referida como uma droga psicoativa.
Além disso, o consumo de cafeína tende a exercer seus efeitos rapidamente. Por exemplo, a quantidade encontrada em uma xícara de café pode levar apenas 20 minutos para atingir a corrente sanguínea e logo após 1 hora atingir a eficácia total.
Quais alimentos e bebidas contêm cafeína?
A bebida é encontrada naturalmente nas sementes, nozes ou folhas de certas plantas. Essas fontes naturais são então colhidas e processadas para produzir alimentos e bebidas com cafeína.
As quantidades de cafeína esperadas por porção de 240 ml de algumas bebidas:
BEBIDA
Cafeína em mg
Café expresso
240–720
Café
102–200
Erva-mate
65-130
>Bebidas energéticas
50–160
Chá verde/preto
40–120
Refrigerantes
20–40
Café descafeinado
3–12
Bebida de cacau
2–7
Leite com chocolate
2–7
Alguns alimentos também contêm cafeína. Por exemplo, 30g de chocolate ao leite contém de 1 a 15 mg, enquanto de chocolate amargo tem de 5 a 35 mg.
Você também pode encontrar cafeína em alguns medicamentos prescritos para resfriados, alergias e analgésicos. Também é adicionada em suplementos de perda de peso e termogênicos.
Melhora o humor e a função cerebral
A cafeína tem a capacidade de bloquear a molécula de sinalização cerebral adenosina. Isso causa um aumento relativo de outros neurotransmissores de sinalização, como dopamina e noradrenalina. Pensa-se que esta mudança nas mensagens cerebrais traga benefícios na melhora do humor e função cerebral.
Uma revisão relata que, após a ingestão de 37,5 a 450 mg de cafeína, os participantes tiveram aumento no estado de alerta, memória a curto prazo e tempo de reação. Outro estudo relatou um risco 13% menor de depressão em consumidores de cafeína.
Cientista relataram que ingerir entre 3 a 5 xícaras de café/dia ou mais de 3 xícaras de chá/dia também pode reduzir o risco de doenças cerebrais como Alzheimer e Parkinson em 28 a 60%.
Quando se trata de humor, cafeína em super doses não é necessariamente melhor. Um estudo constatou que uma 2ª xícara de café não produzia mais benefícios, a menos que fosse consumida pelo menos 8 horas após a 1a xícara.
Mudando seu metabolismo e ajudando na queima de gordura
Devido à sua capacidade de estimular o sistema nervoso central, a cafeína pode aumentar o metabolismo em até 11% e a mobilização de gordura em até 13%.
Na prática, consumir 300 mg de cafeína/dia pode permitir que você queime 79 calorias a mais por dia. Essa quantidade pode parecer pequena, mas é semelhante ao excesso de calorias responsável pelo ganho de peso médio anual de 1 kg em uma pessoa.
Aumentando desempenho no exercício físico
Quando se trata de exercício , a cafeína pode aumentar o uso de gordura como combustível. Isso seria benéfico porque pode ajudar a glicose armazenada nos músculos a durar mais, potencialmente atrasando o tempo que leva para que os músculos cheguem à exaustão.
A cafeína também pode melhorar as contrações musculares e aumentar a tolerância à fadiga. Os pesquisadores observaram que doses de 5 mg/kg de peso corporal melhoraram o desempenho em exercícios de longa duração em até 5% quando consumidas 1 hora antes do exercício.
Doses modestas de 3 mg/kg de peso corporal podem ser suficientes para colher os benefícios citados acima.
Além disso, estudos relatam benefícios semelhantes em esportes coletivos, exercícios de alta intensidade e exercícios resistidos.
Por fim, também pode reduzir a percepção de esforço durante o exercício em até 5,6%, o que pode facilitar os exercícios.
Proteção contra doenças cardíacas e diabetes
As evidências mostram um risco 16 a 18% menor de doenças cardíacas em pessoas que bebem entre 1 a 4 xícaras de café/dia (100 a 400 mg de cafeína). Outros estudos mostram que beber 2 a 4 xícaras de café ou chá verde/dia está associado a um risco 14 a 20% menor de derrame.
Uma coisa a ter em mente é que a cafeína pode aumentar levemente a pressão arterial em algumas pessoas. No entanto, esse efeito geralmente é pequeno (3-4 mmHg) e tende a desaparecer para a maioria dos indivíduos quando consome café regularmente.
Também pode ser um fator protetor contra diabetes. Uma revisão mostrou que aqueles que bebem mais café têm um risco até 29% menor de desenvolver diabetes tipo 2. Os autores observaram que o risco cai de 12 a 14% para cada 200 mg de cafeína consumida.
Curiosamente, o consumo de café descafeinado também estava associado a um risco 21% menor de diabetes. Isso indica que outros compostos benéficos no café também podem proteger contra o diabetes tipo 2.
Outros benefícios à saúde associados ao consumo de café
- Proteção do fígado. O café pode reduzir o risco de danos ao fígado (cirrose) em até 84%. Pode retardar a progressão da doença, melhorar a resposta ao tratamento e diminuir o risco de morte prematura.
- Diminuição do risco de câncer. Beber 2 a 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de fígado em até 64% e o risco de câncer colorretal em até 38%.
- Proteção da pele. Consumir 4 ou mais xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de pele em 20%.
- Risco reduzido de Esclerose Múltipla (EM). Os consumidores de café podem ter um risco até 30% menor de desenvolver (EM).
- Prevenção de gota. Beber regularmente 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de desenvolver gota em 40% nos homens e 57% nas mulheres.
- Saúde intestinal. Consumir 3 xícaras de café/dia por até 3 semanas pode aumentar a quantidade e a atividade de bactérias intestinais benéficas.
Lembre-se de que o café também contém outras substâncias que melhoram a saúde . Alguns benefícios listados acima podem ser causados por outras substâncias além da cafeína.
Segurança e efeitos colaterais
O café é considerado seguro. Alguns efeitos colaterais associados ao excesso de ingestão incluem ansiedade, inquietação, tremores, batimentos cardíacos irregulares e problemas para dormir.
Excesso de cafeína também pode promover dores de cabeça, enxaqueca e pressão alta em alguns indivíduos. Além disso, a cafeína pode atravessar facilmente a placenta, o que pode aumentar o risco de aborto ou baixo peso ao nascer. As mulheres grávidas não devem ingerir cafeína.
A cafeína também pode interagir com alguns medicamentos. Os indivíduos que tomam relaxante muscular ou antidepressivo devem evitar a cafeína porque esses medicamentos podem potencializar seus efeitos.
Dosagens recomendadas
Segundo alguns estudos de órgãos reguladores (USDA), o ideal é a ingestão diária de 400 mg de cafeína. Isso equivale a duas a quatro xícaras de café/dia.
Em caso de dúvidas de dosagens e suplementação de cafeína consulte um nutricionista.
Lívia Garcia
Nutricionista
Revisão e otimização - agência MAG Comunicação
REFERÊNCIAS
- Heckman MA, Weil J, Gonzalez de Mejia E. Caffeine (1, 3, 7-trimethylxanthine) in foods: a comprehensive review on consumption, functionality, safety, and regulatory matters. J Food Sci. 2010;75(3):R77-R87
- Dunwiddie TV, Masino SA. The role and regulation of adenosine in the central nervous system. Annu Rev Neurosci. 2001;24:31-55.
- Ferré S. An update on the mechanisms of the psychostimulant effects of caffeine. J Neurochem. 2008;105(4):1067-1079.
- Nehlig A, Daval JL, Debry G. Caffeine and the central nervous system: mechanisms of action, biochemical, metabolic and psychostimulant effects. Brain Res Brain Res Rev.
- Lucas M, O'Reilly EJ, Pan A, et al. Coffee, caffeine, and risk of completed suicide: results from three prospective cohorts of American adults.
- Heatherley SV, Hayward RC, Seers HE, Rogers PJ. Cognitive and psychomotor performance, mood, and pressor effects of caffeine after 4, 6 and 8 h caffeine abstinence.
- Carman AJ, Dacks PA, Lane RF, Shineman DW, Fillit HM. Current evidence for the use of coffee and caffeine to prevent age-related cognitive decline and Alzheimer's disease. J Nutr Health Aging. 2014;18(4):383-392.
- Qi H, Li S. Dose-response meta-analysis on coffee, tea and caffeine consumption with risk of Parkinson's disease. Geriatr Gerontol Int. 2014;14(2):430-439.
- Koot P, Deurenberg P. Comparison of changes in energy expenditure and body temperatures after caffeine consumption. Ann Nutr Metab. 1995;39(3):135-142.
- Acheson KJ, Zahorska-Markiewicz B, Pittet P, Anantharaman K, Jéquier E. Caffeine and coffee: their influence on metabolic rate and substrate utilization in normal weight and obese individuals. Am J Clin Nutr. 1980
- Hill JO, Wyatt HR, Reed GW, Peters JC. Obesity and the environment: where do we go from here?. Science. 2003;299(5608):853-855.
- Lopez-Garcia E, van Dam RM, Rajpathak S, Willett WC, Manson JE, Hu FB. Changes in caffeine intake and long-term weight change in men and women. Am J Clin Nutr. 2006;83(3):674-680.
- Costill DL, Dalsky GP, Fink WJ. Effects of caffeine ingestion on metabolism and exercise performance. Med Sci Sports. 1978;10(3):155-158.
Hodgson AB, Randell RK, Jeukendrup AE. The metabolic and performance effects of caffeine compared to coffee during endurance exercise. PLoS One. 2013;8(4):e59561.
O que é cafeína?
A cafeína é um estimulante natural comumente encontrado no café e cacau. Funciona estimulando o cérebro e o sistema nervoso central, ajudando você a ficar alerta e prevenir o aparecimento do cansaço.
Os historiadores acompanham o primeiro chá fabricado em 2737 aC., porém o café foi descoberto muitos anos depois por um pastor etíope que notou a energia extra que ele dava às cabras.
Como funciona
Uma vez consumida, é rapidamente absorvida no intestino para a corrente sanguínea, viajando para o fígado onde é decomposta em moléculas que podem afetar a função de vários órgãos.
Sabe-se, que o principal efeito da cafeína é cerebral. Ela funciona bloqueando os neurotransmissores adenosina, que relaxa o cérebro e faz você se sentir cansado. Usualmente, os níveis de adenosina aumentam ao longo do dia, deixando você cada vez mais cansado.
A cafeína ajuda você a ficar acordado e disposto conectando-se aos receptores de adenosina no cérebro sem ativá-los. Isso bloqueia os efeitos da adenosina, levando à redução do cansaço.
Também pode aumentar os níveis de adrenalina no sangue aumentando a atividade cerebral dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina. Essa combinação estimula ainda mais o cérebro e promove um estado de excitação, atenção e foco. Por afetar o cérebro, a cafeína é frequentemente referida como uma droga psicoativa.
Além disso, o consumo de cafeína tende a exercer seus efeitos rapidamente. Por exemplo, a quantidade encontrada em uma xícara de café pode levar apenas 20 minutos para atingir a corrente sanguínea e logo após 1 hora atingir a eficácia total.
Quais alimentos e bebidas contêm cafeína?
A bebida é encontrada naturalmente nas sementes, nozes ou folhas de certas plantas. Essas fontes naturais são então colhidas e processadas para produzir alimentos e bebidas com cafeína.
As quantidades de cafeína esperadas por porção de 240 ml de algumas bebidas:
BEBIDA
Cafeína em mg
Café expresso
240–720
Café
102–200
Erva-mate
65-130
>Bebidas energéticas
50–160
Chá verde/preto
40–120
Refrigerantes
20–40
Café descafeinado
3–12
Bebida de cacau
2–7
Leite com chocolate
2–7
Alguns alimentos também contêm cafeína. Por exemplo, 30g de chocolate ao leite contém de 1 a 15 mg, enquanto de chocolate amargo tem de 5 a 35 mg.
Você também pode encontrar cafeína em alguns medicamentos prescritos para resfriados, alergias e analgésicos. Também é adicionada em suplementos de perda de peso e termogênicos.
Melhora o humor e a função cerebral
A cafeína tem a capacidade de bloquear a molécula de sinalização cerebral adenosina. Isso causa um aumento relativo de outros neurotransmissores de sinalização, como dopamina e noradrenalina. Pensa-se que esta mudança nas mensagens cerebrais traga benefícios na melhora do humor e função cerebral.
Uma revisão relata que, após a ingestão de 37,5 a 450 mg de cafeína, os participantes tiveram aumento no estado de alerta, memória a curto prazo e tempo de reação. Outro estudo relatou um risco 13% menor de depressão em consumidores de cafeína.
Cientista relataram que ingerir entre 3 a 5 xícaras de café/dia ou mais de 3 xícaras de chá/dia também pode reduzir o risco de doenças cerebrais como Alzheimer e Parkinson em 28 a 60%.
Quando se trata de humor, cafeína em super doses não é necessariamente melhor. Um estudo constatou que uma 2ª xícara de café não produzia mais benefícios, a menos que fosse consumida pelo menos 8 horas após a 1a xícara.
Mudando seu metabolismo e ajudando na queima de gordura
Devido à sua capacidade de estimular o sistema nervoso central, a cafeína pode aumentar o metabolismo em até 11% e a mobilização de gordura em até 13%.
Na prática, consumir 300 mg de cafeína/dia pode permitir que você queime 79 calorias a mais por dia. Essa quantidade pode parecer pequena, mas é semelhante ao excesso de calorias responsável pelo ganho de peso médio anual de 1 kg em uma pessoa.
Aumentando desempenho no exercício físico
Quando se trata de exercício , a cafeína pode aumentar o uso de gordura como combustível. Isso seria benéfico porque pode ajudar a glicose armazenada nos músculos a durar mais, potencialmente atrasando o tempo que leva para que os músculos cheguem à exaustão.
A cafeína também pode melhorar as contrações musculares e aumentar a tolerância à fadiga. Os pesquisadores observaram que doses de 5 mg/kg de peso corporal melhoraram o desempenho em exercícios de longa duração em até 5% quando consumidas 1 hora antes do exercício.
Doses modestas de 3 mg/kg de peso corporal podem ser suficientes para colher os benefícios citados acima.
Além disso, estudos relatam benefícios semelhantes em esportes coletivos, exercícios de alta intensidade e exercícios resistidos.
Por fim, também pode reduzir a percepção de esforço durante o exercício em até 5,6%, o que pode facilitar os exercícios.
Proteção contra doenças cardíacas e diabetes
As evidências mostram um risco 16 a 18% menor de doenças cardíacas em pessoas que bebem entre 1 a 4 xícaras de café/dia (100 a 400 mg de cafeína). Outros estudos mostram que beber 2 a 4 xícaras de café ou chá verde/dia está associado a um risco 14 a 20% menor de derrame.
Uma coisa a ter em mente é que a cafeína pode aumentar levemente a pressão arterial em algumas pessoas. No entanto, esse efeito geralmente é pequeno (3-4 mmHg) e tende a desaparecer para a maioria dos indivíduos quando consome café regularmente.
Também pode ser um fator protetor contra diabetes. Uma revisão mostrou que aqueles que bebem mais café têm um risco até 29% menor de desenvolver diabetes tipo 2. Os autores observaram que o risco cai de 12 a 14% para cada 200 mg de cafeína consumida.
Curiosamente, o consumo de café descafeinado também estava associado a um risco 21% menor de diabetes. Isso indica que outros compostos benéficos no café também podem proteger contra o diabetes tipo 2.
Outros benefícios à saúde associados ao consumo de café
- Proteção do fígado. O café pode reduzir o risco de danos ao fígado (cirrose) em até 84%. Pode retardar a progressão da doença, melhorar a resposta ao tratamento e diminuir o risco de morte prematura.
- Diminuição do risco de câncer. Beber 2 a 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de fígado em até 64% e o risco de câncer colorretal em até 38%.
- Proteção da pele. Consumir 4 ou mais xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de pele em 20%.
- Risco reduzido de Esclerose Múltipla (EM). Os consumidores de café podem ter um risco até 30% menor de desenvolver (EM).
- Prevenção de gota. Beber regularmente 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de desenvolver gota em 40% nos homens e 57% nas mulheres.
- Saúde intestinal. Consumir 3 xícaras de café/dia por até 3 semanas pode aumentar a quantidade e a atividade de bactérias intestinais benéficas.
Lembre-se de que o café também contém outras substâncias que melhoram a saúde . Alguns benefícios listados acima podem ser causados por outras substâncias além da cafeína.
Segurança e efeitos colaterais
O café é considerado seguro. Alguns efeitos colaterais associados ao excesso de ingestão incluem ansiedade, inquietação, tremores, batimentos cardíacos irregulares e problemas para dormir.
Excesso de cafeína também pode promover dores de cabeça, enxaqueca e pressão alta em alguns indivíduos. Além disso, a cafeína pode atravessar facilmente a placenta, o que pode aumentar o risco de aborto ou baixo peso ao nascer. As mulheres grávidas não devem ingerir cafeína.
A cafeína também pode interagir com alguns medicamentos. Os indivíduos que tomam relaxante muscular ou antidepressivo devem evitar a cafeína porque esses medicamentos podem potencializar seus efeitos.
Dosagens recomendadas
Segundo alguns estudos de órgãos reguladores (USDA), o ideal é a ingestão diária de 400 mg de cafeína. Isso equivale a duas a quatro xícaras de café/dia.
Em caso de dúvidas de dosagens e suplementação de cafeína consulte um nutricionista.
Lívia Garcia
Nutricionista
Revisão e otimização - agência MAG Comunicação
REFERÊNCIAS
- Heckman MA, Weil J, Gonzalez de Mejia E. Caffeine (1, 3, 7-trimethylxanthine) in foods: a comprehensive review on consumption, functionality, safety, and regulatory matters. J Food Sci. 2010;75(3):R77-R87
- Dunwiddie TV, Masino SA. The role and regulation of adenosine in the central nervous system. Annu Rev Neurosci. 2001;24:31-55.
- Ferré S. An update on the mechanisms of the psychostimulant effects of caffeine. J Neurochem. 2008;105(4):1067-1079.
- Nehlig A, Daval JL, Debry G. Caffeine and the central nervous system: mechanisms of action, biochemical, metabolic and psychostimulant effects. Brain Res Brain Res Rev.
- Lucas M, O'Reilly EJ, Pan A, et al. Coffee, caffeine, and risk of completed suicide: results from three prospective cohorts of American adults.
- Heatherley SV, Hayward RC, Seers HE, Rogers PJ. Cognitive and psychomotor performance, mood, and pressor effects of caffeine after 4, 6 and 8 h caffeine abstinence.
- Carman AJ, Dacks PA, Lane RF, Shineman DW, Fillit HM. Current evidence for the use of coffee and caffeine to prevent age-related cognitive decline and Alzheimer's disease. J Nutr Health Aging. 2014;18(4):383-392.
- Qi H, Li S. Dose-response meta-analysis on coffee, tea and caffeine consumption with risk of Parkinson's disease. Geriatr Gerontol Int. 2014;14(2):430-439.
- Koot P, Deurenberg P. Comparison of changes in energy expenditure and body temperatures after caffeine consumption. Ann Nutr Metab. 1995;39(3):135-142.
- Acheson KJ, Zahorska-Markiewicz B, Pittet P, Anantharaman K, Jéquier E. Caffeine and coffee: their influence on metabolic rate and substrate utilization in normal weight and obese individuals. Am J Clin Nutr. 1980
- Hill JO, Wyatt HR, Reed GW, Peters JC. Obesity and the environment: where do we go from here?. Science. 2003;299(5608):853-855.
- Lopez-Garcia E, van Dam RM, Rajpathak S, Willett WC, Manson JE, Hu FB. Changes in caffeine intake and long-term weight change in men and women. Am J Clin Nutr. 2006;83(3):674-680.
- Costill DL, Dalsky GP, Fink WJ. Effects of caffeine ingestion on metabolism and exercise performance. Med Sci Sports. 1978;10(3):155-158.
Hodgson AB, Randell RK, Jeukendrup AE. The metabolic and performance effects of caffeine compared to coffee during endurance exercise. PLoS One. 2013;8(4):e59561.
Como funciona
Uma vez consumida, é rapidamente absorvida no intestino para a corrente sanguínea, viajando para o fígado onde é decomposta em moléculas que podem afetar a função de vários órgãos.
Sabe-se, que o principal efeito da cafeína é cerebral. Ela funciona bloqueando os neurotransmissores adenosina, que relaxa o cérebro e faz você se sentir cansado. Usualmente, os níveis de adenosina aumentam ao longo do dia, deixando você cada vez mais cansado.
A cafeína ajuda você a ficar acordado e disposto conectando-se aos receptores de adenosina no cérebro sem ativá-los. Isso bloqueia os efeitos da adenosina, levando à redução do cansaço.
Também pode aumentar os níveis de adrenalina no sangue aumentando a atividade cerebral dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina. Essa combinação estimula ainda mais o cérebro e promove um estado de excitação, atenção e foco. Por afetar o cérebro, a cafeína é frequentemente referida como uma droga psicoativa.
Além disso, o consumo de cafeína tende a exercer seus efeitos rapidamente. Por exemplo, a quantidade encontrada em uma xícara de café pode levar apenas 20 minutos para atingir a corrente sanguínea e logo após 1 hora atingir a eficácia total.
Quais alimentos e bebidas contêm cafeína?
A bebida é encontrada naturalmente nas sementes, nozes ou folhas de certas plantas. Essas fontes naturais são então colhidas e processadas para produzir alimentos e bebidas com cafeína.
As quantidades de cafeína esperadas por porção de 240 ml de algumas bebidas:
BEBIDA
Cafeína em mg
Café expresso
240–720
Café
102–200
Erva-mate
65-130
>Bebidas energéticas
50–160
Chá verde/preto
40–120
Refrigerantes
20–40
Café descafeinado
3–12
Bebida de cacau
2–7
Leite com chocolate
2–7
Alguns alimentos também contêm cafeína. Por exemplo, 30g de chocolate ao leite contém de 1 a 15 mg, enquanto de chocolate amargo tem de 5 a 35 mg.
Você também pode encontrar cafeína em alguns medicamentos prescritos para resfriados, alergias e analgésicos. Também é adicionada em suplementos de perda de peso e termogênicos.
Melhora o humor e a função cerebral
A cafeína tem a capacidade de bloquear a molécula de sinalização cerebral adenosina. Isso causa um aumento relativo de outros neurotransmissores de sinalização, como dopamina e noradrenalina. Pensa-se que esta mudança nas mensagens cerebrais traga benefícios na melhora do humor e função cerebral.
Uma revisão relata que, após a ingestão de 37,5 a 450 mg de cafeína, os participantes tiveram aumento no estado de alerta, memória a curto prazo e tempo de reação. Outro estudo relatou um risco 13% menor de depressão em consumidores de cafeína.
Cientista relataram que ingerir entre 3 a 5 xícaras de café/dia ou mais de 3 xícaras de chá/dia também pode reduzir o risco de doenças cerebrais como Alzheimer e Parkinson em 28 a 60%.
Quando se trata de humor, cafeína em super doses não é necessariamente melhor. Um estudo constatou que uma 2ª xícara de café não produzia mais benefícios, a menos que fosse consumida pelo menos 8 horas após a 1a xícara.
Mudando seu metabolismo e ajudando na queima de gordura
Devido à sua capacidade de estimular o sistema nervoso central, a cafeína pode aumentar o metabolismo em até 11% e a mobilização de gordura em até 13%.
Na prática, consumir 300 mg de cafeína/dia pode permitir que você queime 79 calorias a mais por dia. Essa quantidade pode parecer pequena, mas é semelhante ao excesso de calorias responsável pelo ganho de peso médio anual de 1 kg em uma pessoa.
Aumentando desempenho no exercício físico
Quando se trata de exercício , a cafeína pode aumentar o uso de gordura como combustível. Isso seria benéfico porque pode ajudar a glicose armazenada nos músculos a durar mais, potencialmente atrasando o tempo que leva para que os músculos cheguem à exaustão.
A cafeína também pode melhorar as contrações musculares e aumentar a tolerância à fadiga. Os pesquisadores observaram que doses de 5 mg/kg de peso corporal melhoraram o desempenho em exercícios de longa duração em até 5% quando consumidas 1 hora antes do exercício.
Doses modestas de 3 mg/kg de peso corporal podem ser suficientes para colher os benefícios citados acima.
Além disso, estudos relatam benefícios semelhantes em esportes coletivos, exercícios de alta intensidade e exercícios resistidos.
Por fim, também pode reduzir a percepção de esforço durante o exercício em até 5,6%, o que pode facilitar os exercícios.
Proteção contra doenças cardíacas e diabetes
As evidências mostram um risco 16 a 18% menor de doenças cardíacas em pessoas que bebem entre 1 a 4 xícaras de café/dia (100 a 400 mg de cafeína). Outros estudos mostram que beber 2 a 4 xícaras de café ou chá verde/dia está associado a um risco 14 a 20% menor de derrame.
Uma coisa a ter em mente é que a cafeína pode aumentar levemente a pressão arterial em algumas pessoas. No entanto, esse efeito geralmente é pequeno (3-4 mmHg) e tende a desaparecer para a maioria dos indivíduos quando consome café regularmente.
Também pode ser um fator protetor contra diabetes. Uma revisão mostrou que aqueles que bebem mais café têm um risco até 29% menor de desenvolver diabetes tipo 2. Os autores observaram que o risco cai de 12 a 14% para cada 200 mg de cafeína consumida.
Curiosamente, o consumo de café descafeinado também estava associado a um risco 21% menor de diabetes. Isso indica que outros compostos benéficos no café também podem proteger contra o diabetes tipo 2.
Outros benefícios à saúde associados ao consumo de café
- Proteção do fígado. O café pode reduzir o risco de danos ao fígado (cirrose) em até 84%. Pode retardar a progressão da doença, melhorar a resposta ao tratamento e diminuir o risco de morte prematura.
- Diminuição do risco de câncer. Beber 2 a 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de fígado em até 64% e o risco de câncer colorretal em até 38%.
- Proteção da pele. Consumir 4 ou mais xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de pele em 20%.
- Risco reduzido de Esclerose Múltipla (EM). Os consumidores de café podem ter um risco até 30% menor de desenvolver (EM).
- Prevenção de gota. Beber regularmente 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de desenvolver gota em 40% nos homens e 57% nas mulheres.
- Saúde intestinal. Consumir 3 xícaras de café/dia por até 3 semanas pode aumentar a quantidade e a atividade de bactérias intestinais benéficas.
Lembre-se de que o café também contém outras substâncias que melhoram a saúde . Alguns benefícios listados acima podem ser causados por outras substâncias além da cafeína.
Segurança e efeitos colaterais
O café é considerado seguro. Alguns efeitos colaterais associados ao excesso de ingestão incluem ansiedade, inquietação, tremores, batimentos cardíacos irregulares e problemas para dormir.
Excesso de cafeína também pode promover dores de cabeça, enxaqueca e pressão alta em alguns indivíduos. Além disso, a cafeína pode atravessar facilmente a placenta, o que pode aumentar o risco de aborto ou baixo peso ao nascer. As mulheres grávidas não devem ingerir cafeína.
A cafeína também pode interagir com alguns medicamentos. Os indivíduos que tomam relaxante muscular ou antidepressivo devem evitar a cafeína porque esses medicamentos podem potencializar seus efeitos.
Dosagens recomendadas
Segundo alguns estudos de órgãos reguladores (USDA), o ideal é a ingestão diária de 400 mg de cafeína. Isso equivale a duas a quatro xícaras de café/dia.
Em caso de dúvidas de dosagens e suplementação de cafeína consulte um nutricionista.
Lívia Garcia
Nutricionista
Revisão e otimização - agência MAG Comunicação
REFERÊNCIAS
- Heckman MA, Weil J, Gonzalez de Mejia E. Caffeine (1, 3, 7-trimethylxanthine) in foods: a comprehensive review on consumption, functionality, safety, and regulatory matters. J Food Sci. 2010;75(3):R77-R87
- Dunwiddie TV, Masino SA. The role and regulation of adenosine in the central nervous system. Annu Rev Neurosci. 2001;24:31-55.
- Ferré S. An update on the mechanisms of the psychostimulant effects of caffeine. J Neurochem. 2008;105(4):1067-1079.
- Nehlig A, Daval JL, Debry G. Caffeine and the central nervous system: mechanisms of action, biochemical, metabolic and psychostimulant effects. Brain Res Brain Res Rev.
- Lucas M, O'Reilly EJ, Pan A, et al. Coffee, caffeine, and risk of completed suicide: results from three prospective cohorts of American adults.
- Heatherley SV, Hayward RC, Seers HE, Rogers PJ. Cognitive and psychomotor performance, mood, and pressor effects of caffeine after 4, 6 and 8 h caffeine abstinence.
- Carman AJ, Dacks PA, Lane RF, Shineman DW, Fillit HM. Current evidence for the use of coffee and caffeine to prevent age-related cognitive decline and Alzheimer's disease. J Nutr Health Aging. 2014;18(4):383-392.
- Qi H, Li S. Dose-response meta-analysis on coffee, tea and caffeine consumption with risk of Parkinson's disease. Geriatr Gerontol Int. 2014;14(2):430-439.
- Koot P, Deurenberg P. Comparison of changes in energy expenditure and body temperatures after caffeine consumption. Ann Nutr Metab. 1995;39(3):135-142.
- Acheson KJ, Zahorska-Markiewicz B, Pittet P, Anantharaman K, Jéquier E. Caffeine and coffee: their influence on metabolic rate and substrate utilization in normal weight and obese individuals. Am J Clin Nutr. 1980
- Hill JO, Wyatt HR, Reed GW, Peters JC. Obesity and the environment: where do we go from here?. Science. 2003;299(5608):853-855.
- Lopez-Garcia E, van Dam RM, Rajpathak S, Willett WC, Manson JE, Hu FB. Changes in caffeine intake and long-term weight change in men and women. Am J Clin Nutr. 2006;83(3):674-680.
- Costill DL, Dalsky GP, Fink WJ. Effects of caffeine ingestion on metabolism and exercise performance. Med Sci Sports. 1978;10(3):155-158.
Hodgson AB, Randell RK, Jeukendrup AE. The metabolic and performance effects of caffeine compared to coffee during endurance exercise. PLoS One. 2013;8(4):e59561.
A cafeína ajuda você a ficar acordado e disposto conectando-se aos receptores de adenosina no cérebro sem ativá-los. Isso bloqueia os efeitos da adenosina, levando à redução do cansaço.
Também pode aumentar os níveis de adrenalina no sangue aumentando a atividade cerebral dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina. Essa combinação estimula ainda mais o cérebro e promove um estado de excitação, atenção e foco. Por afetar o cérebro, a cafeína é frequentemente referida como uma droga psicoativa.
Além disso, o consumo de cafeína tende a exercer seus efeitos rapidamente. Por exemplo, a quantidade encontrada em uma xícara de café pode levar apenas 20 minutos para atingir a corrente sanguínea e logo após 1 hora atingir a eficácia total.
Quais alimentos e bebidas contêm cafeína?
A bebida é encontrada naturalmente nas sementes, nozes ou folhas de certas plantas. Essas fontes naturais são então colhidas e processadas para produzir alimentos e bebidas com cafeína.
As quantidades de cafeína esperadas por porção de 240 ml de algumas bebidas:
BEBIDA
Cafeína em mg
Café expresso
240–720
Café
102–200
Erva-mate
65-130
>Bebidas energéticas
50–160
Chá verde/preto
40–120
Refrigerantes
20–40
Café descafeinado
3–12
Bebida de cacau
2–7
Leite com chocolate
2–7
Alguns alimentos também contêm cafeína. Por exemplo, 30g de chocolate ao leite contém de 1 a 15 mg, enquanto de chocolate amargo tem de 5 a 35 mg.
Você também pode encontrar cafeína em alguns medicamentos prescritos para resfriados, alergias e analgésicos. Também é adicionada em suplementos de perda de peso e termogênicos.
Melhora o humor e a função cerebral
A cafeína tem a capacidade de bloquear a molécula de sinalização cerebral adenosina. Isso causa um aumento relativo de outros neurotransmissores de sinalização, como dopamina e noradrenalina. Pensa-se que esta mudança nas mensagens cerebrais traga benefícios na melhora do humor e função cerebral.
Uma revisão relata que, após a ingestão de 37,5 a 450 mg de cafeína, os participantes tiveram aumento no estado de alerta, memória a curto prazo e tempo de reação. Outro estudo relatou um risco 13% menor de depressão em consumidores de cafeína.
Cientista relataram que ingerir entre 3 a 5 xícaras de café/dia ou mais de 3 xícaras de chá/dia também pode reduzir o risco de doenças cerebrais como Alzheimer e Parkinson em 28 a 60%.
Quando se trata de humor, cafeína em super doses não é necessariamente melhor. Um estudo constatou que uma 2ª xícara de café não produzia mais benefícios, a menos que fosse consumida pelo menos 8 horas após a 1a xícara.
Mudando seu metabolismo e ajudando na queima de gordura
Devido à sua capacidade de estimular o sistema nervoso central, a cafeína pode aumentar o metabolismo em até 11% e a mobilização de gordura em até 13%.
Na prática, consumir 300 mg de cafeína/dia pode permitir que você queime 79 calorias a mais por dia. Essa quantidade pode parecer pequena, mas é semelhante ao excesso de calorias responsável pelo ganho de peso médio anual de 1 kg em uma pessoa.
Aumentando desempenho no exercício físico
Quando se trata de exercício , a cafeína pode aumentar o uso de gordura como combustível. Isso seria benéfico porque pode ajudar a glicose armazenada nos músculos a durar mais, potencialmente atrasando o tempo que leva para que os músculos cheguem à exaustão.
A cafeína também pode melhorar as contrações musculares e aumentar a tolerância à fadiga. Os pesquisadores observaram que doses de 5 mg/kg de peso corporal melhoraram o desempenho em exercícios de longa duração em até 5% quando consumidas 1 hora antes do exercício.
Doses modestas de 3 mg/kg de peso corporal podem ser suficientes para colher os benefícios citados acima.
Além disso, estudos relatam benefícios semelhantes em esportes coletivos, exercícios de alta intensidade e exercícios resistidos.
Por fim, também pode reduzir a percepção de esforço durante o exercício em até 5,6%, o que pode facilitar os exercícios.
Proteção contra doenças cardíacas e diabetes
As evidências mostram um risco 16 a 18% menor de doenças cardíacas em pessoas que bebem entre 1 a 4 xícaras de café/dia (100 a 400 mg de cafeína). Outros estudos mostram que beber 2 a 4 xícaras de café ou chá verde/dia está associado a um risco 14 a 20% menor de derrame.
Uma coisa a ter em mente é que a cafeína pode aumentar levemente a pressão arterial em algumas pessoas. No entanto, esse efeito geralmente é pequeno (3-4 mmHg) e tende a desaparecer para a maioria dos indivíduos quando consome café regularmente.
Também pode ser um fator protetor contra diabetes. Uma revisão mostrou que aqueles que bebem mais café têm um risco até 29% menor de desenvolver diabetes tipo 2. Os autores observaram que o risco cai de 12 a 14% para cada 200 mg de cafeína consumida.
Curiosamente, o consumo de café descafeinado também estava associado a um risco 21% menor de diabetes. Isso indica que outros compostos benéficos no café também podem proteger contra o diabetes tipo 2.
Outros benefícios à saúde associados ao consumo de café
- Proteção do fígado. O café pode reduzir o risco de danos ao fígado (cirrose) em até 84%. Pode retardar a progressão da doença, melhorar a resposta ao tratamento e diminuir o risco de morte prematura.
- Diminuição do risco de câncer. Beber 2 a 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de fígado em até 64% e o risco de câncer colorretal em até 38%.
- Proteção da pele. Consumir 4 ou mais xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de pele em 20%.
- Risco reduzido de Esclerose Múltipla (EM). Os consumidores de café podem ter um risco até 30% menor de desenvolver (EM).
- Prevenção de gota. Beber regularmente 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de desenvolver gota em 40% nos homens e 57% nas mulheres.
- Saúde intestinal. Consumir 3 xícaras de café/dia por até 3 semanas pode aumentar a quantidade e a atividade de bactérias intestinais benéficas.
Lembre-se de que o café também contém outras substâncias que melhoram a saúde . Alguns benefícios listados acima podem ser causados por outras substâncias além da cafeína.
Segurança e efeitos colaterais
O café é considerado seguro. Alguns efeitos colaterais associados ao excesso de ingestão incluem ansiedade, inquietação, tremores, batimentos cardíacos irregulares e problemas para dormir.
Excesso de cafeína também pode promover dores de cabeça, enxaqueca e pressão alta em alguns indivíduos. Além disso, a cafeína pode atravessar facilmente a placenta, o que pode aumentar o risco de aborto ou baixo peso ao nascer. As mulheres grávidas não devem ingerir cafeína.
A cafeína também pode interagir com alguns medicamentos. Os indivíduos que tomam relaxante muscular ou antidepressivo devem evitar a cafeína porque esses medicamentos podem potencializar seus efeitos.
Dosagens recomendadas
Segundo alguns estudos de órgãos reguladores (USDA), o ideal é a ingestão diária de 400 mg de cafeína. Isso equivale a duas a quatro xícaras de café/dia.
Em caso de dúvidas de dosagens e suplementação de cafeína consulte um nutricionista.
Lívia Garcia
Nutricionista
Revisão e otimização - agência MAG Comunicação
REFERÊNCIAS
- Heckman MA, Weil J, Gonzalez de Mejia E. Caffeine (1, 3, 7-trimethylxanthine) in foods: a comprehensive review on consumption, functionality, safety, and regulatory matters. J Food Sci. 2010;75(3):R77-R87
- Dunwiddie TV, Masino SA. The role and regulation of adenosine in the central nervous system. Annu Rev Neurosci. 2001;24:31-55.
- Ferré S. An update on the mechanisms of the psychostimulant effects of caffeine. J Neurochem. 2008;105(4):1067-1079.
- Nehlig A, Daval JL, Debry G. Caffeine and the central nervous system: mechanisms of action, biochemical, metabolic and psychostimulant effects. Brain Res Brain Res Rev.
- Lucas M, O'Reilly EJ, Pan A, et al. Coffee, caffeine, and risk of completed suicide: results from three prospective cohorts of American adults.
- Heatherley SV, Hayward RC, Seers HE, Rogers PJ. Cognitive and psychomotor performance, mood, and pressor effects of caffeine after 4, 6 and 8 h caffeine abstinence.
- Carman AJ, Dacks PA, Lane RF, Shineman DW, Fillit HM. Current evidence for the use of coffee and caffeine to prevent age-related cognitive decline and Alzheimer's disease. J Nutr Health Aging. 2014;18(4):383-392.
- Qi H, Li S. Dose-response meta-analysis on coffee, tea and caffeine consumption with risk of Parkinson's disease. Geriatr Gerontol Int. 2014;14(2):430-439.
- Koot P, Deurenberg P. Comparison of changes in energy expenditure and body temperatures after caffeine consumption. Ann Nutr Metab. 1995;39(3):135-142.
- Acheson KJ, Zahorska-Markiewicz B, Pittet P, Anantharaman K, Jéquier E. Caffeine and coffee: their influence on metabolic rate and substrate utilization in normal weight and obese individuals. Am J Clin Nutr. 1980
- Hill JO, Wyatt HR, Reed GW, Peters JC. Obesity and the environment: where do we go from here?. Science. 2003;299(5608):853-855.
- Lopez-Garcia E, van Dam RM, Rajpathak S, Willett WC, Manson JE, Hu FB. Changes in caffeine intake and long-term weight change in men and women. Am J Clin Nutr. 2006;83(3):674-680.
- Costill DL, Dalsky GP, Fink WJ. Effects of caffeine ingestion on metabolism and exercise performance. Med Sci Sports. 1978;10(3):155-158.
Hodgson AB, Randell RK, Jeukendrup AE. The metabolic and performance effects of caffeine compared to coffee during endurance exercise. PLoS One. 2013;8(4):e59561.
Além disso, o consumo de cafeína tende a exercer seus efeitos rapidamente. Por exemplo, a quantidade encontrada em uma xícara de café pode levar apenas 20 minutos para atingir a corrente sanguínea e logo após 1 hora atingir a eficácia total.
Quais alimentos e bebidas contêm cafeína?
A bebida é encontrada naturalmente nas sementes, nozes ou folhas de certas plantas. Essas fontes naturais são então colhidas e processadas para produzir alimentos e bebidas com cafeína.
As quantidades de cafeína esperadas por porção de 240 ml de algumas bebidas:
BEBIDA |
Cafeína em mg |
Café expresso |
240–720 |
Café |
102–200 |
Erva-mate |
65-130 |
>Bebidas energéticas |
50–160 |
Chá verde/preto |
40–120 |
Refrigerantes |
20–40 |
Café descafeinado |
3–12 |
Bebida de cacau |
2–7 |
Leite com chocolate |
2–7 |
Alguns alimentos também contêm cafeína. Por exemplo, 30g de chocolate ao leite contém de 1 a 15 mg, enquanto de chocolate amargo tem de 5 a 35 mg.
Você também pode encontrar cafeína em alguns medicamentos prescritos para resfriados, alergias e analgésicos. Também é adicionada em suplementos de perda de peso e termogênicos.
Melhora o humor e a função cerebral
A cafeína tem a capacidade de bloquear a molécula de sinalização cerebral adenosina. Isso causa um aumento relativo de outros neurotransmissores de sinalização, como dopamina e noradrenalina. Pensa-se que esta mudança nas mensagens cerebrais traga benefícios na melhora do humor e função cerebral.
Uma revisão relata que, após a ingestão de 37,5 a 450 mg de cafeína, os participantes tiveram aumento no estado de alerta, memória a curto prazo e tempo de reação. Outro estudo relatou um risco 13% menor de depressão em consumidores de cafeína.
Cientista relataram que ingerir entre 3 a 5 xícaras de café/dia ou mais de 3 xícaras de chá/dia também pode reduzir o risco de doenças cerebrais como Alzheimer e Parkinson em 28 a 60%.
Quando se trata de humor, cafeína em super doses não é necessariamente melhor. Um estudo constatou que uma 2ª xícara de café não produzia mais benefícios, a menos que fosse consumida pelo menos 8 horas após a 1a xícara.
Mudando seu metabolismo e ajudando na queima de gordura
Devido à sua capacidade de estimular o sistema nervoso central, a cafeína pode aumentar o metabolismo em até 11% e a mobilização de gordura em até 13%.
Na prática, consumir 300 mg de cafeína/dia pode permitir que você queime 79 calorias a mais por dia. Essa quantidade pode parecer pequena, mas é semelhante ao excesso de calorias responsável pelo ganho de peso médio anual de 1 kg em uma pessoa.
Aumentando desempenho no exercício físico
Quando se trata de exercício , a cafeína pode aumentar o uso de gordura como combustível. Isso seria benéfico porque pode ajudar a glicose armazenada nos músculos a durar mais, potencialmente atrasando o tempo que leva para que os músculos cheguem à exaustão.
A cafeína também pode melhorar as contrações musculares e aumentar a tolerância à fadiga. Os pesquisadores observaram que doses de 5 mg/kg de peso corporal melhoraram o desempenho em exercícios de longa duração em até 5% quando consumidas 1 hora antes do exercício.
Doses modestas de 3 mg/kg de peso corporal podem ser suficientes para colher os benefícios citados acima.
Além disso, estudos relatam benefícios semelhantes em esportes coletivos, exercícios de alta intensidade e exercícios resistidos.
Por fim, também pode reduzir a percepção de esforço durante o exercício em até 5,6%, o que pode facilitar os exercícios.
Proteção contra doenças cardíacas e diabetes
As evidências mostram um risco 16 a 18% menor de doenças cardíacas em pessoas que bebem entre 1 a 4 xícaras de café/dia (100 a 400 mg de cafeína). Outros estudos mostram que beber 2 a 4 xícaras de café ou chá verde/dia está associado a um risco 14 a 20% menor de derrame.
Uma coisa a ter em mente é que a cafeína pode aumentar levemente a pressão arterial em algumas pessoas. No entanto, esse efeito geralmente é pequeno (3-4 mmHg) e tende a desaparecer para a maioria dos indivíduos quando consome café regularmente.
Também pode ser um fator protetor contra diabetes. Uma revisão mostrou que aqueles que bebem mais café têm um risco até 29% menor de desenvolver diabetes tipo 2. Os autores observaram que o risco cai de 12 a 14% para cada 200 mg de cafeína consumida.
Curiosamente, o consumo de café descafeinado também estava associado a um risco 21% menor de diabetes. Isso indica que outros compostos benéficos no café também podem proteger contra o diabetes tipo 2.
Outros benefícios à saúde associados ao consumo de café
- Proteção do fígado. O café pode reduzir o risco de danos ao fígado (cirrose) em até 84%. Pode retardar a progressão da doença, melhorar a resposta ao tratamento e diminuir o risco de morte prematura.
- Diminuição do risco de câncer. Beber 2 a 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de fígado em até 64% e o risco de câncer colorretal em até 38%.
- Proteção da pele. Consumir 4 ou mais xícaras de café/dia pode reduzir o risco de câncer de pele em 20%.
- Risco reduzido de Esclerose Múltipla (EM). Os consumidores de café podem ter um risco até 30% menor de desenvolver (EM).
- Prevenção de gota. Beber regularmente 4 xícaras de café/dia pode reduzir o risco de desenvolver gota em 40% nos homens e 57% nas mulheres.
- Saúde intestinal. Consumir 3 xícaras de café/dia por até 3 semanas pode aumentar a quantidade e a atividade de bactérias intestinais benéficas.
Lembre-se de que o café também contém outras substâncias que melhoram a saúde . Alguns benefícios listados acima podem ser causados por outras substâncias além da cafeína.
Segurança e efeitos colaterais
O café é considerado seguro. Alguns efeitos colaterais associados ao excesso de ingestão incluem ansiedade, inquietação, tremores, batimentos cardíacos irregulares e problemas para dormir.
Excesso de cafeína também pode promover dores de cabeça, enxaqueca e pressão alta em alguns indivíduos. Além disso, a cafeína pode atravessar facilmente a placenta, o que pode aumentar o risco de aborto ou baixo peso ao nascer. As mulheres grávidas não devem ingerir cafeína.
A cafeína também pode interagir com alguns medicamentos. Os indivíduos que tomam relaxante muscular ou antidepressivo devem evitar a cafeína porque esses medicamentos podem potencializar seus efeitos.
Dosagens recomendadas
Segundo alguns estudos de órgãos reguladores (USDA), o ideal é a ingestão diária de 400 mg de cafeína. Isso equivale a duas a quatro xícaras de café/dia.
Em caso de dúvidas de dosagens e suplementação de cafeína consulte um nutricionista.
Lívia Garcia
Nutricionista
Revisão e otimização - agência MAG Comunicação
REFERÊNCIAS
- Heckman MA, Weil J, Gonzalez de Mejia E. Caffeine (1, 3, 7-trimethylxanthine) in foods: a comprehensive review on consumption, functionality, safety, and regulatory matters. J Food Sci. 2010;75(3):R77-R87
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- Heatherley SV, Hayward RC, Seers HE, Rogers PJ. Cognitive and psychomotor performance, mood, and pressor effects of caffeine after 4, 6 and 8 h caffeine abstinence.
- Carman AJ, Dacks PA, Lane RF, Shineman DW, Fillit HM. Current evidence for the use of coffee and caffeine to prevent age-related cognitive decline and Alzheimer's disease. J Nutr Health Aging. 2014;18(4):383-392.
- Qi H, Li S. Dose-response meta-analysis on coffee, tea and caffeine consumption with risk of Parkinson's disease. Geriatr Gerontol Int. 2014;14(2):430-439.
- Koot P, Deurenberg P. Comparison of changes in energy expenditure and body temperatures after caffeine consumption. Ann Nutr Metab. 1995;39(3):135-142.
- Acheson KJ, Zahorska-Markiewicz B, Pittet P, Anantharaman K, Jéquier E. Caffeine and coffee: their influence on metabolic rate and substrate utilization in normal weight and obese individuals. Am J Clin Nutr. 1980
- Hill JO, Wyatt HR, Reed GW, Peters JC. Obesity and the environment: where do we go from here?. Science. 2003;299(5608):853-855.
- Lopez-Garcia E, van Dam RM, Rajpathak S, Willett WC, Manson JE, Hu FB. Changes in caffeine intake and long-term weight change in men and women. Am J Clin Nutr. 2006;83(3):674-680.
- Costill DL, Dalsky GP, Fink WJ. Effects of caffeine ingestion on metabolism and exercise performance. Med Sci Sports. 1978;10(3):155-158.
Hodgson AB, Randell RK, Jeukendrup AE. The metabolic and performance effects of caffeine compared to coffee during endurance exercise. PLoS One. 2013;8(4):e59561.